segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Artista: SADS

Por Wes: Definir os estilos de bandas japonesas em sua maioria é difícil, o rock oriental tem uma diversidade que faz grupos e artistas serem inclassificáveis, por sua versatilidade.
No entanto, a última banda do lendário Kiyoharu (ex-Kuroyume, hoje em carreira solo) foi uma rara exceção que não deve ser subestimada pelas fronteiras de língua, principalmente se tratando da cena Visual Kei, suas raízes são ortodoxas e influencias claras.
Quando uma das bandas mais influentes do Visual Kei (se não ‘a’), Kuroyume, acabou em Janeiro de 1999, o vocalista Kiyoharu decidiu não parar e em Março, SADS estava formado.
Rock de garagem, post-punk, reggae, glam-rock; A gama de influências da banda é imensa, no entanto, SADS pode ser definido como a denominação geral (e real) de “Pop Punk”, músicas barulhentas e rápidas, mas que grudam no ouvido como músicas pop.
Os fãs dos projetos de Kiyoharu (principalmente o Kuroyume) vão estranhar o primeiro album dos SADS, SAD BLOOD ROCK N’ ROLL, porque em suma, é o remanescente da veia Punk que o Kuroyume tomou nos albuns DRUG TREATMENT e CORKSCREW, mas de uma forma mais polida.
As grandes mudanças acontecem no segundo album, Babylon, mas culminam no penúltimo (e melhor) album, THE ROSE GOD GAVE ME, se você estiver procurando por músicas rápidas no melhor estilo “in your face”, com pitadas de glam-rock que não consegue achar em bandas ocidentais, então SADS é uma banda obrigatória para conhecer, pois como a maioria das bandas japonesas de qualidade, são uma nova experiência que expande horizontes.

SAD BLOOD ROCK N’ ROLL > Nota: 6,0
 

Babylon > Nota: 5,5
 

THE ROSE GOD GAVE ME > Nota: 8,0
 

[13] > Nota: 6,0


Recomendação: THE ROSE GOD GAVE ME, de 2001
rose

Prós: Pesado sem ser uma coisa inaudível, e pop sem ser enjoativo, faz a mistura perfeita que pode definir muito bem o que é “pop punk”.
Contras: Não espere coisas totalmente originais, mesmo que o som seja de boa qualidade.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Album: Cine ~ Flashback

Antes de começar, tenho que deixar dez considerações sinceras para quem não gostar do que está escrito abaixo:

1) Sim, eu morro de inveja do DH.
2) É, ele é lindo.
3) Sim, eu sou um nerd feio, gordo e não pego ninguém.
4) As fangirls/os fãs bitolados estão sempre certos, Cine é ótimo, e o céu é cor-de-rosa.
5) Sim, sou virgem.
6) Eu sou mal, eu gosto de bandas ruins e não respeito a nova geração do rock brasileiro.
7) Na verdade, cago e ando sobre isso.
8) Eu ouço Immortal e Brokencyde, logo, sou hipócrita.
9) Eu ouço Planet Hemp também, gente, eu fumo maconha, e como já disse, meu gosto é péssimo.
10) O DH é REALMENTE lindo.

Por Wes: Vamos ser honestos, o rock brasileiro tem grandes nomes que dão de mil a zero em muita banda internacional, grandes exemplos são Titãs, Os Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Camisa de Vênus, Nação Zumbi, Kid Abelha, Ira!, Replicantes, Raimundos e a lista continua, posso citar mil nomes aqui que realmente carregam o estandarte do rock brasileiro e podem deixar as pessoas que pensam que o rock internacional é superior totalmente caladas.
Mas o que temos hoje? Vamos pensar um pouco sobre as bandas que estouraram no mainstream brasileiro nos últimos anos.
Los Hermanos, CPM22, O Surto, Tihuana, Cachorro Grande, Bidê ou Balde, Detonautas Roque Clube, Charlie Brown Junior, e a lista também continua.
Nos últimos meses, temos bandas com acessórios novos dos brechós e roupas que tem todo o espectro de cores por centímetro quadrado.
A cara do rock brasileiro é travessa e feliz, péssimo? Não, de forma alguma, é uma coisa diferente.
O problema está em ouvir essas coisas.
Hoje, temos Cine.
Eu realmente gostaria de ser honesto e dizer pontos positivos dessa banda, como faço com qualquer outra por pior que seja, mas focando no Cine: É péssimo, no sentido mais puro da palavra no dicionário.
Flashback, o album do Cine alavancou uma nova revelação (e porque não, outras revelações) desse novo power pop misturado com estupro sonoro.
Vindos com a intenção de fazer as pessoas ‘dançarem e não se cansarem’ e te dar inspiração para se declarar para aquela ‘garota radical’, e sem a intenção de fazer
uma música realmente audível, influências de bandas de qualidade mais que duvidosa, letras fracas e instrumental medíocre fazem o album ‘Flashback’ ser uma viagem ruim de speedball, e dentro dessa viagem colorida pela terra mágica da fantasia e do amor, você olha pro lado e vê sua querida mãe sendo estuprada por um cavalo (duas vezes) e basicamente fazem te pensar que o Cine fez pelo rock brasileiro exatamente a mesma coisa que Soulja Boy fez pelo rap americano:
O destruiu em pedacinhos e pisou em cima.
Não aconselho a compra, o download (e recuse se eles te pagarem pra ouvir) de ‘Flashback’, aliás, ouça o album, eu não quero ficar com fama de exagerado por aí, mas ouça rápido, pois Cine será esquecido em menos de 6 meses, isso se eles tiverem sorte.

Cine ~ Flashback > Nota: 1,5

Prós: Pode ser interessante de ouvir, se você perder o mínimo de senso crítico e fingir que isso não é sério, e que a piada ainda tem graça.

Contras: Infelizmente, eu ainda não acho graça.