Por Wes: Definir os estilos de bandas japonesas em sua maioria é difícil, o rock oriental tem uma diversidade que faz grupos e artistas serem inclassificáveis, por sua versatilidade.
No entanto, a última banda do lendário Kiyoharu (ex-Kuroyume, hoje em carreira solo) foi uma rara exceção que não deve ser subestimada pelas fronteiras de língua, principalmente se tratando da cena Visual Kei, suas raízes são ortodoxas e influencias claras.
Quando uma das bandas mais influentes do Visual Kei (se não ‘a’), Kuroyume, acabou em Janeiro de 1999, o vocalista Kiyoharu decidiu não parar e em Março, SADS estava formado.
Rock de garagem, post-punk, reggae, glam-rock; A gama de influências da banda é imensa, no entanto, SADS pode ser definido como a denominação geral (e real) de “Pop Punk”, músicas barulhentas e rápidas, mas que grudam no ouvido como músicas pop.
Os fãs dos projetos de Kiyoharu (principalmente o Kuroyume) vão estranhar o primeiro album dos SADS, SAD BLOOD ROCK N’ ROLL, porque em suma, é o remanescente da veia Punk que o Kuroyume tomou nos albuns DRUG TREATMENT e CORKSCREW, mas de uma forma mais polida.
As grandes mudanças acontecem no segundo album, Babylon, mas culminam no penúltimo (e melhor) album, THE ROSE GOD GAVE ME, se você estiver procurando por músicas rápidas no melhor estilo “in your face”, com pitadas de glam-rock que não consegue achar em bandas ocidentais, então SADS é uma banda obrigatória para conhecer, pois como a maioria das bandas japonesas de qualidade, são uma nova experiência que expande horizontes.
SAD BLOOD ROCK N’ ROLL > Nota: 6,0
Babylon > Nota: 5,5
THE ROSE GOD GAVE ME > Nota: 8,0
[13] > Nota: 6,0
Recomendação: THE ROSE GOD GAVE ME, de 2001
Prós: Pesado sem ser uma coisa inaudível, e pop sem ser enjoativo, faz a mistura perfeita que pode definir muito bem o que é “pop punk”.
Contras: Não espere coisas totalmente originais, mesmo que o som seja de boa qualidade.