domingo, 14 de junho de 2009

Artista: Enter Shikari



Escrever sobre sua banda favorita é tão difícil, mas com o excelente Common Dreads lançado, não há hora melhor para fazê-lo. Enter Shikari é uma banda inglesa que mistura post-hardcore com trance europeu, mas diferente da maioria das bandas que utiliza elementos eletrônicos, não é como se apenas estivessem colando duas coisas completamente diferentes e chamando de multi-funcional, é de fato um estilo único que nasceu, aliás, mistura não é a palavra certa, é uma incorporação dos dois, podem não ter sido os primeiros a ir nessa direção (até mesmo Chiodos e Underoath usam sintetizadores, e Fear Before the March of Flames também surgiu antes), mas foram extremamente originais em sua aproximação, assim conquistando milhares de fãs através da internet, a maior causa do seu sucesso, que os fez lotar o London Astoria. Não vou comentar dos inúmeros demos lançados antes do Take to the skies e me focarei em álbuns ainda em prensa nessa resenha. Take to the skies foi o primeiro álbum com produção profissional da banda, e desde a primeira vez que escutei me conquistou, o peso constante em contraste com a parte eletrônica extremamente dançante é o elemento que o álbum inteiro oferece como constante, assim como o vocal de Rou, que é extremamente versátil e habilidoso, conseguindo vocais melódicos, gritos, e guturais com a mesma proficiência. O álbum tem também muitos interludes que são interessantes, mas dispensáveis. Em conclusão, é um excelente álbum e uma experiência única, atenção especial para “Mothership”, “Sorry, You’re Not A Winner”, e “Johnny Sniper”. Já The Zone é uma coleção de B-sides, remixes, e demos do Take to the skies, pelo próprio propósito do álbum já dá para prever que não é tão bom quanto Take to the skies, mas tem a excelente “The Feast”, que sem duvida merecia estar no álbum, não há muito mais o que se falar. Depois veio o single We Can Breathe In Space, regravação de uma demo antiga muito popular entre os fãs, é uma excelente música, e tem um clipe interessante, destaque para o refrão pegajoso e a excelente Outro. E agora veio o estupendo Common Dreads, único sem perder o que fez a banda tão boa pra começar, e uma maturidade inesperada, mostrada principalmente pelas letras politicamente engajadas de mensagem positiva, e estilo mais variado do que os trabalhos anteriores. Difícil escolher poucas para destacar, mas vou com “Solidarity”, “Juggernauts”, “Zzzonked”, e “Hectic”, sinceramente, único ponto negativo do álbum é ser curto demais.

Nota:

Take to the Skies 9/10




The Zone 8/10




We Can Breathe In Space (They Just Don't Want Us to Escape) 8.5/10




Common Dreads 9.5/10




Recomendação: Common Dreads de 2009
Prós: único, viciante e divertido
Contras: interludes demais

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Album: A Skylit Drive ~ Adelphia

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O album do A Skylit Drive de 2008, chamado de “Wires…And the Concept of Breathing” não é o que eu poderia de chamar de um album excepcional, tem lá suas músicas boas mas no geral é bem uma coisa que você acha em qualquer lugar.
Adelphia, o novo album do A Skylit Drive mostra uma evolução um tanto quanto significativa, mas no geral, cai no mesmo patamar do album anterior, mesmo quando o album ficou bem mais leve e melódico, Jag deixou de ser mesmo o vocalita substituto pra virar a voz do novo A Skylit Drive.
Ok, dando crédito a algumas músicas como “Eva the Carrier”, “Those Cannons Could Sink A Ship!”, "Heaven" e "Prelude to a Dream, mas no geral é uma coisa bem “Wires…And the Concept of Breathing parte 2”, acredito que esse espaço de um ano para lançar outro album foi muito pouco pra que uma mudança no estilo seja feita, isso foi bem decepcionante, principalmente porque eu, pessoalmente, esperava muito desse album e no final encontrei uma coisa que normalmente você acha em qualquer canto da "cena".
Não me leve a mal, eu adoro todas as fases do A Skylit Drive, até do tempo em que Jordan Blake (agora no 'Watchout! There's Ghosts'), e esse album não é nada mal, só que mais do mesmo nunca é bom, uma banda sempre deve sofrer mudanças significativas, e esse arroz com feijão pode dar no saco até nos fãs mais intensos do ASD um dia.

A Skylit Drive ~ Adelphia > Nota: 6,0

Prós: Michael Jagmin assume de vez a identidade da banda, se o A Skylit Drive com Jordan Blake era comum, a presença de Jagmin alterou isso.
Contras: Sem diferenças notáveis em comparação ao album de 2008, Wires... And the Concept of Breathing.